quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Equipe PIBID

Letícia Batista Costa de Jesus, nos ajudou com a oficina dos turbantes e sobre falou sobre o que é ser negra.



Identidade negra 






Falando sobre a origem dos morros cariocas




Oficina muito bem aceita por todas!

Alunas se ajudando na oficina






Oficina de turbantes


Profº Fabiana e Leticia


Produção textual

Aqui pretendo, produzir alguns texto como resultado dos minicursos oferecidos pela equipe do PIBID.

HISTÓRIA E CIDADANIA: UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR DE SUCESSO

KANTOVITZ, Geane. A Disciplina de História e a Formação para a Cidadania: uma experiência interdisciplinar. EntreVer, Florianópolis, v. 2. n. 1, pp. 95-109. Jan./jun. 2012.

O texto vem trazendo uma narrativa referente ao projeto pedagógico realizado no Colégio Dom Bosco, na cidade de Rio do Sul (SC), no ano de 2008, com os alunos e professores do Ensino Médio, procurando da melhor maneira possível envolver a disciplina de História com as demais disciplinas, um dos objetivos do projeto é a aproximação dos conteúdos históricos com temas da sociedade atual. O projeto levou o nome de “Pacato Cidadão: você é livre para escolher e escravo das consequências", seu principal objetivo foi a interdisciplinaridade.

É notório que o ensino de História está passando por uma renovação nas ultimas décadas, abandonando aquela forma tradicional de ensino tais como ao início dos moldes da educação, em um tempo onde a sociedade era patriarcal e a disciplina era a base da família e dos relacionamentos pessoais. Essa abordagem, a tradicional, não se fundamenta em nenhuma outra, até por se a origem de todas. De tal forma esse processo de ensino tem o professor como centro das atividades escolares, tornando-se o “rei” dos conhecimentos e o aluno fica sujeito a programação, a disciplina e todos o métodos adotados pelo professor sem esboçar reflexão, como um telespectador. Esse método manteve-se eficaz durante anos , pela situação social e política do país e do mundo, visto que hoje em dia não se mantém eficiente pelo grau de dinamismo e reflexão exercido pelos jovens. Em suma, esse método se tornou ultrapassado, e nas ultimas décadas os temas e as novas abordagens, que oportunizam uma aprendizagem mais significativa e instigadora para o aluno e a própria interdisciplinaridade é considerada uma nova forma de se trabalhar a História, rompendo com as formas tradicionais de trabalho de conteúdos, e propulsora de novas aprendizagens.

“Os significados e as indagações sobre os conteúdos ensinados no espaço escolar parecem distantes e incapazes de encantar os jovens, que são influenciados por um mundo moderno e por conhecimentos constantemente redefinidos e difundidos por meios tecnológicos que seduzem mais do que o ambiente escolar.” (KANTOVITZ, 2012)

E por isso que é tão importante a atualização do professor em relação às novas abordagens do ensino da disciplina de História. No caso do Colégio Dom Bosco, o projeto foi o fio condutor de algo muito maior, um trabalho interdisciplinar, o projeto passou por sete diferentes fases, eram elas: diagnóstico do tema a ser abordado; “ganhar” os alunos através da leitura do livro “Questões Sociais: desafios para o país” (Jô Azevedo); dividir os alunos em grupos multisseriais; criação e utilização de uma WebQuest; a execução de tarefas pré selecionadas; uma pré-apresentação dos trabalhos dos grupos; e a organização de um encontro na escola com a presença do prefeito da cidade, o presidente da Câmara dos Vereadores da cidade e o juiz da Comarca da região. Uma vez identificado o problema e formuladas algumas hipóteses, foi possível traçar os passos seguintes; as ações a serem desenvolvidas foram determinadas pelo tipo de pesquisa realizada. A socialização dos resultados é parte fundamental de um projeto e é de suma importância para os membros que participaram da pesquisa a construção da integração entre os pesquisadores e a comunidade. Encerradas as atividades de desenvolvimento, não se deve fugir da avaliação, pois é aqui que serão focalizados os acertos e erros, que servirão de instrumento para novos aprendizados, com o objetivo principal de sempre querer fazer melhor.

As principais vantagens de se trabalhar através de projetos é que a aprendizagem passa a ser significativa, centrada nas relações e nos procedimentos. A interdisciplinaridade só foi possível porque a escola como um todo se envolveu no projeto e, nesta experiência, o ensino de História se tornou algo mais prazeroso e produtivo, pois os alunos compreenderam que através de sua participação no projeto eles se tornaram e são agentes não só de sua cidadania, mas também de sua História.

“Diante do exposto, a História tornou-se imprescindível na formação da cidadania, integrando o currículo escolar com a preparação de um cidadão atuante e consciente de sua função social, no mundo contemporâneo, percebendo-se como agente transformador e protagonista da sua história.” (KANTOVITZ, 2012)

Segundo Paulo Freire, ao trabalhar com projetos interdisciplinares, “tanto educadores quanto educandos envoltos numa pesquisa, não serão mais os mesmos. Os resultados devem implicar em mais qualidade de vida, devem ser indicativos de mais cidadania, de mais participação nas decisões da vida cotidiana e da visa social. Devem, enfim, alimentar o sonho possível e a utopia necessária para uma nova lógica de vida.” (In MOTA, 2007)

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio (PCNEM), “a interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas, e ao mesmo tempo, evitar a diluição delas em generalidades. De fato, será principalmente na possibilidade de relacionar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo, pesquisa e ação que a interdisciplinaridade poderá ser uma prática pedagógica e didática adequada aos objetivos do Ensino Médio.”